segunda-feira, 9 de junho de 2008

O telefone tocou. Atendi e dei por mim a ouvir as suas queixas sobre as cataratas e o reumatismo. A concordar que tinha sido boa ideia chamar a polícia, porque a festa de vizinha do lado se prolongava barulhentamente para lá das 10 da noite. Mais que isso, dei por mim a pedir desculpa por não me ter lembrado de perguntar pela sua filha e netos (não fazia mal que me tivesse esquecido do genro que, aparentemente, não presta para nada) e a desejar que estivessem todos na melhor das saúdes.
Desliguei o telefone sem ter conseguido que a senhora parasse 10 segundos para me escutar e perceber que tinha ligado o número errado.

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