Não ouso mexer-me. Já acordei?
Por onde andarão as minhas mãos?
Tenho medo! Não quis acreditar e desejei…
Que de olhos fechados, os ferimentos estão sãos…
Lembras-te? Humilhaste-me e perdoei…
Não ouso nem recordar todos os vãos
De tão perdida, com as feridas, andei…
E nem sequer ouso saber das minhas mãos…
Foi grave o acidente que me matou?
Ou apenas esta dor que minha alma sonhou?
Sem que minhas mãos descobrissem…
Mas não ousou mexer-me. Tenho medo!
Para descobrir minhas mãos é cedo…
Mesmo que por piedade mo encobrissem…
Hospital Pulido Valente
09.04.08
Por onde andarão as minhas mãos?
Tenho medo! Não quis acreditar e desejei…
Que de olhos fechados, os ferimentos estão sãos…
Lembras-te? Humilhaste-me e perdoei…
Não ouso nem recordar todos os vãos
De tão perdida, com as feridas, andei…
E nem sequer ouso saber das minhas mãos…
Foi grave o acidente que me matou?
Ou apenas esta dor que minha alma sonhou?
Sem que minhas mãos descobrissem…
Mas não ousou mexer-me. Tenho medo!
Para descobrir minhas mãos é cedo…
Mesmo que por piedade mo encobrissem…
Hospital Pulido Valente
09.04.08
2 Comments:
Dor! Amarga e doce! Amarga pelas atrocidades da vida! Doce, pela melodia do amor!
que soneto tão triste.
devo reconhecer que está excelente, tanto na metrica como nas rimas, o que faz um soneto limpo e perfeito.
parabéns!
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