É olhando a linha que nos separa
que a vontade sedenta morde o teu vulto
sou víbora airada, alucinada pelo teu odor
trespasso, invado e domino-te os contornos
do teu colo avançam os dedos fingindo delicadeza
lentos e atilados
acautelam-me os sentidos
serás presa dócil, submissa desfrutando da iguaria
acorrentado o teu corpo oscila
em júbilo do ardor da mordida acérrima
num sopro gemido contestas a tua oportunidade
falhada,
proibida
sou víbora airada, sem vénia, sem permissão, sem restrição.
Vera Carvalho
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Querer mais que vontade
Foto de A. Brito
Colocado aqui mui gentilmente por Vera Carvalho à(s) 23:24
Etiquetas: autores blogue das artes, poesia
Subscribe to:
Enviar feedback (Atom)
2 Comments:
Belíssima foto, onde o corpo e a luz
desenham vida.
O texto é o interior do que não se vê.
E mais não consigo dizer. Sinto.
Obrigado, Vera.
Muito belo o poema.
A foto está muito bem escolhida.
Beijo
Post a Comment