Luz
Raio de sol que irrompe pelo quadrado aberto na parede branca às vezes creme do meu ser... Será ódio? Será amor... Será o ego mal protegido de nossos horizontes perdidos nas nuances da memória?
De aí creio que irrompe o verso.
Os versos que nunca te direi, a sinfonia que nunca ouvirás deste meu orgulhoso mal estar quotidiano que soluça por abraçar-te em palavras de mel com canela. Palavras que não dizem nada. Certo.
Mas que revitalizam.
A verdade está na manhã e no sorriso do desconhecido. O belo está na abelha pousada sobre a flor em primaverís campos de tulipas.
O amor?
Estará onde nós queremos.
Em qualquer lado que estejas brilho de retina cintilante que me cativa. Não entrarei no lirismo do meu sopro agonizante. A escrita não deriva de mim. Deriva de outro lado que não respiro... Serei apenas um intermediário e se o dom for sincero.
Um poema de amor nascerá.
De aí deriva as deambulações nocturnas.
De respirar o suficiente para abraçar-te e não afogar-me no extasie do momento... De soletrar baixinho o teu nome enquanto durmo para não esquecer o rumo do barco que nem sempre está a deriva.
As vivências tornam-nos fortes e ás vezes cruéis, o mundo outdoor torna-nos indiferentes a tudo. Isolamo-nos em ilhas de rancor que não têm por que existir eternamente.
Acabado o processo de aprendizagem do erro, devemos devolver-nos a lua que nos acaricie pelas noites de paixão.
O resto !
O resto não passa de insignificants matters .
Assim irei buscar-te onde termina o sono de Morfeu ou na íris de uma águia em altos voos.
Abraçarei incensos e noites de lua e velada a espera que mostras o teu sentir.
A luz de velas escreverei as mais disparatadas frases que ecoam nas brumas do meu cérebro.
Algum dia. Alguma noite...
Algum instante esperarei ter-te nas veias por razoes meramente altruístas.
Quero essa tua luz... Quero iluminar também.
Quero viver num verso que não entendo.
Quero vida a fluir por todos os meus sentidos e quero que outros se sintam assim de flamejantes. Por isso procuro-te, por isso anseio-te e por isso suspiro-te indefinido e arrogante, ultrajante e sustenido, maldecido e insinuante...
VERSO...
Verso de Morfeu...
Verso de Vénus e de todos quantos amam.
No intimo da razão... Sei que a busca será ulissíca... But the show must go on.
A existência obriga-nos a buscar além de nossos limites. Limites esses que se resumem no verso certo que cada aspirante busca em sua sede de pureza e originalidade.
É a essa sede de pureza e originalidade que se resume nossa busca...
Que em poesia chamamos... Basicamente de...
Fonte da Eternidade.
1 Comment:
este projecto é pujante, assertico, elegante e necessário.
Felicito-vos pela ousadia de construir esta plantaforma de divulgação literária!
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