quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Em busca ( part one ) Intro


Luz

Raio de sol que irrompe pelo quadrado aberto na parede branca às vezes creme do meu ser... Será ódio? Será amor... Será o ego mal protegido de nossos horizontes perdidos nas nuances da memória?


De aí creio que irrompe o verso.


Os versos que nunca te direi, a sinfonia que nunca ouvirás deste meu orgulhoso mal estar quotidiano que soluça por abraçar-te em palavras de mel com canela. Palavras que não dizem nada. Certo.

Mas que revitalizam.


A verdade está na manhã e no sorriso do desconhecido. O belo está na abelha pousada sobre a flor em primaverís campos de tulipas.


O amor?


Estará onde nós queremos.

Em qualquer lado que estejas brilho de retina cintilante que me cativa. Não entrarei no lirismo do meu sopro agonizante. A escrita não deriva de mim. Deriva de outro lado que não respiro... Serei apenas um intermediário e se o dom for sincero.

Um poema de amor nascerá.


De aí deriva as deambulações nocturnas.

De respirar o suficiente para abraçar-te e não afogar-me no extasie do momento... De soletrar baixinho o teu nome enquanto durmo para não esquecer o rumo do barco que nem sempre está a deriva.


As vivências tornam-nos fortes e ás vezes cruéis, o mundo outdoor torna-nos indiferentes a tudo. Isolamo-nos em ilhas de rancor que não têm por que existir eternamente.


Acabado o processo de aprendizagem do erro, devemos devolver-nos a lua que nos acaricie pelas noites de paixão.


O resto !

O resto não passa de insignificants matters .


Assim irei buscar-te onde termina o sono de Morfeu ou na íris de uma águia em altos voos.

Abraçarei incensos e noites de lua e velada a espera que mostras o teu sentir.

A luz de velas escreverei as mais disparatadas frases que ecoam nas brumas do meu cérebro.

Algum dia. Alguma noite...

Algum instante esperarei ter-te nas veias por razoes meramente altruístas.


Quero essa tua luz... Quero iluminar também.

Quero viver num verso que não entendo.

Quero vida a fluir por todos os meus sentidos e quero que outros se sintam assim de flamejantes. Por isso procuro-te, por isso anseio-te e por isso suspiro-te indefinido e arrogante, ultrajante e sustenido, maldecido e insinuante...


VERSO...


Verso de Morfeu...

Verso de Vénus e de todos quantos amam.


No intimo da razão... Sei que a busca será ulissíca... But the show must go on.

A existência obriga-nos a buscar além de nossos limites. Limites esses que se resumem no verso certo que cada aspirante busca em sua sede de pureza e originalidade.



É a essa sede de pureza e originalidade que se resume nossa busca...

Que em poesia chamamos... Basicamente de...

Fonte da Eternidade.



1 Comment:

Joaquim Amândio Santos said...

este projecto é pujante, assertico, elegante e necessário.

Felicito-vos pela ousadia de construir esta plantaforma de divulgação literária!