quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

MEDIDA DESMEDIDA

No relógio do tempo precisei a tua postura, tentei definir a vertente do sentido, perdi-me na ausência, no sorriso escondido e nos olhares que embrulharam a definição. Tudo o que foi acrescentado não trouxe maior novidade, confesso que a descrição foi mais um conceito de servir à mesa… pena tudo estar tão mal estruturado. O comprometimento de mim mesmo revelou outro jogo… podes jogar acaso interesses maiores te despertem. O despertar é da manhã e o nome é da tarde… tomo-me na intensidade do estado de vigia e o silêncio é tão grande quanto os desenhos do entendimento, o jogo simultâneo das metades, num arrebatamento de nomes sem limite. O limite ficou por estabelecer desde o encontro das horas triunfais, aos nomes da cumplicidade exibida. Exibimo-nos! A constante é uma linha recta sem limite cujos parâmetros envolvem o carrossel da mutação. Criações e despropósitos unilaterais, este todo que se exibe lentamente pela linguagem nas suas formas. Somas e continuamos a ser por uma postura de engarrafamento, enquanto a mosca fareja os quatro cantos do lugar. Envolvimento… outra situação não pode ser, a voz do ser é no estado de consciência que lentamente se amplia, numa medida desmedida, ao total dos fragmentos a anexar ao somatório seguinte.

Aveiro, 21 de Fevereiro de 2008 – 11:04h
Jorge Ferro Rosa, in Fronteiras

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