Papá, papá diz-me, porque estou sempre a voar? Porque ando sempre a fugir-me? Diz-me papá que eu ando tão perdido…O sonho, meu filho, não é fuga, é um sorriso da alma que nos fortifica o querer…Mas papá, diz-me, então porque ando sempre tão triste, e só me sorrio quando me invento?Tu inventas-te? Finges-te?Não sei papá, mas as minhas asas são desenhadas….Mas meu filho, tudo que é desenhado com o sentir, existe-te, porque é autentico…Papá, papá, mas eu não sei o que fazer com o sonho…Não faças nada com ele, deixa que ele se dissolva no olhar e verás que cada vez que isso acontecer, cresceste no teu caminho…Toma as minhas asas, papá. Não as quero mais…Não as posso aceitar, meu filho, cada um só pode voar com as suas próprias asas, não se empresta o sonho… Guarda-as com carinho, porque foram elas que te trouxeram até aqui.Papá, papá diz-me, porque é que quando voo sinto-me sempre tão sozinho…se tu também desenhas-te as tuas asas e voas, porque nunca te vejo no meu voar…O voar é o teu questionar, apenas te ensinei a acreditar nas tuas asas, se assim não fosse perderias toda a capacidade de as usar, porque elas só funcionam com o sentir, e esse meu filho tem a medida de cada um…
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
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