A noite estava quase a chegar e o pequeno Oliver não sabia para que lado da casa se virar. Com sete anos, sozinho, o pequeno rapaz não guardava grandes forças dentro de si para combater os demónios que a escuridão traria.
Tentou telefonar aos pais. A trabalhar, como de costume.
Ligou para avó. Ela riu-se, pensando que o seu pequeno neto estava a gozar.
Ligou para os amigos. Nenhum deles tinha idade para poder sair de casa depois das 18h.
Oliver estava tramado. A noite, a devoradora de crianças, estava mesmo a chegar.
Lembrou-se de ligar para os bombeiros. Não lhe deram ouvidos.
Cabisbaixo, revoltado com o mundo, Oliver sentou-se à porta de casa, com os olhos a fixarem o céu, à espera que o negro manto da dor chegasse. Todavia, naquele dia, Oliver não tinha razões para se preocupar.
O sol não se apagaria.
1 Comment:
Estes teus contos dão para ficar "colada" :)
Beijinho
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