domingo, 23 de dezembro de 2007

Desisto de ti

Venho por este meio dizer
Uma coisa inesperada
Não me restam forças,
Desisto de ti minha amada.

Adeus até um dia
Eu sempre amei sozinho
Agora segue com a tua vida
Que eu sigo meu caminho.

Nem me disseste porquê
Simplesmente foste embora
O motivo será o de eu
Ser feio por dentro e por fora.

O teu muro impenetrável
Uma porta apenas tinha
Nunca me deste a chave
Não foste nem serás minha.

Meu amor por ti continua
Desejo-te toda a felicidade
Mas nem olhas para mim
Deves odiar-me de verdade.

Só me resta chorar
Pelo que nunca terei
Não sei se é minha a culpa
Mas eu sempre te amei.

A esperança perdeu-se
E não irá voltar.
Tive-a por pouco tempo,
Agora fico a chorar.

A inveja apodera-se
Daquele que nada tem,
Sou um fraco invejoso
Não tenho nada também.

A luta não continua
A guerra já acabou,
Fica agora a vergonha
De um homem que nem lutou.

A batalha foi perdida
Os espojos não vou ter,
Se eles são melhores que eu
Nada posso fazer.

Se retirar é ser cobarde
Não nego, mas confesso
Reconheço então que sou

O maior cobarde que conheço

Dénis Carmo

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