escrever é encontrar-me
escrever-me é desencontrar-me
escrever-te é encontrar-me
(porém na ilusão)
escrever-nos é enlouquecer.
mas enlouquecido escrevi-te
e ganhando inspiração
de seguida escrevi-me.
(a seguir não sei o que se passou
mas alguém me disse depois
que fui encontrado morto.)
serviram-me a ti
sem saberes escreveste-te, escreveste-nos, escreveste-me!
mas não tinhas os mesmos sintomas
escreveste-me e eu acordei
e minutos depois eu peguei na caneta e escrevi
logo, encontrei-me
logo, desencontrei-me porque passei a escrever-me
logo te encontrei na ilusão, saberás porquê
logo enlouqueci de novo
e fiz aquilo de novo
e saí de novo
e entrei de novo
repetidamente
até ao fim de todas as forças.
Autor: uma pessoa muito especial que me pediu para não ser revelado o seu nome.
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Poema sem um título à altura
Colocado aqui mui gentilmente por Tiago Nené à(s) 01:54
Etiquetas: autores língua portuguesa, autores portugueses, poesia
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1 Comment:
É viver, é sobreviver...é escrever nas entrelinhas o que nos magoa e o que nos faz descobrirmo-nos mais ainda...
É sermos...e isso é sempre uma loucura!
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