domingo, 25 de novembro de 2007

Factos

Falei para dentro e não obtive resposta.
Tentei falar para fora, mas as palavras foram mudas. Foi então que decidi fazer uso do gesto, mas o corpo não moveu.
Esbracejei, contorci, agitei... E nenhuma célula deu o comando necessário ao cérebro. Fiquei então assim, imóvel. E o tempo passou por mim...
Quando reparei, tinha morrido. Não neste mundo, mas em mim.

Fotografia de Scoya @ Foz - Porto

Postado também aqui.

7 Comments:

SF said...

Gostei muito!

Anónimo said...

Obrigada, sf :)

Anónimo said...

Deixei a minha pegada no blogue original mas reitero aqui também o meu gosto por estas palavras.

Beijos,

Pedro José :)

Anónimo said...

Obrigada, pj:
Um beijo

© Piedade Araújo Sol (Pity) said...

Gosto do que escreves..n�o consegui deixar coment no blogue original...

Grrrrrr

Anónimo said...

Obrigada piedade, é bom saber disso :)

Não precisas deixar no original...por aqui já fico muito grata!

rmf said...

Quando o ser humano se confronta com a inexistência, acepção real da palavra, alguma coisa mexe cá dentro. A exploração disciplinada desse sentimento, carrega consigo todo o acto introspectivo, não solitário, isto porque a solidão... é atroz! Categoricamente falando. Aproveito este espaço não para emitir opiniões vagas do género qualitativo onde a minha avaliação para nada conta. Os dedos escrevem-me. Depressa, porque hoje é um último dia.

Saudações literárias