Recorto a imensidão das horas,
O espaço ressequído pelo calor...
A dádiva da canção dançante,
Este infindável desejo, acutilante
Fogo de todos os domínios
Ao espelho perdido e antigo.
No espasmo dos nomes escuto-te...
Envolvo-me no sorriso encerrado,
Na inarrável criação da lonjura,
A fonte acesa do dia esculpido,
Tavira azulada na vazante...
Entre o café da sugestão
A um telegrama sem corpo.
Longe de ti... não és ninguém!
Ateados os perjúrios do sangue
Bonanças da sugestão esfumada
A memória ardente da minha cidade,
O interstício da tripulação azul...
Palavras sinuosas na iminente despedida,
Alegrando a rua sem nome!
Rua ao fundo do tempo do Gilão.
Cidade do acaso entre cenários...
Amor que se dança mais além!
Ancestral sorriso a encetar olhares
Múltiplas páginas, posturas, imaginários
Ritual que o turismo acende
No pálco cenários acentuados...
Café e vinho que se aconchega
Neste apontamento, aquela demora
O navio, a ilha, a minha Tavira
O sono do meu jardim, gente gira
O povo de longas euforias...
Aventura contida naquele poema
Amor lilás, teu envolto tema.
Igreja... igrejas, recantos da fé!
Sentido cúmplice, inscrito até
Nos anos lavrados da tradição...
Rasgando a frescura e o Sol algarvio,
O arco e o castelo, sombra e luz
No álbum que guardo além Jesus.
Tavira, 25 de Agosto de 2008 - 12:27h
Jorge Ferro Rosa, in Caderno da Alma
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
NO ÁLBUM QUE GUARDO
Colocado aqui mui gentilmente por jorgeferrorosa à(s) 12:53
Etiquetas: Jorge Ferro Rosa, poesia
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