domingo, 3 de agosto de 2008

Artur estava convencido de que ia escrever o novo grande romance português contemporâneo. Tinha uma grande ideia para o enredo, a confiança que seria capaz de o desenvolver devidamente e até elaborou um plano de acção: comprou um computador topo de gama, tirou um ano sabático, arrendou uma casa numa aldeia transmontana e manteve um telefone só para eventuais emergências de saúde da mãe.
Quando voltou à cidade, os amigos nem queriam acreditar que tivesse ganho 20 quilos e que se tivesse transformado num campeão de sueca. Nunca mais lhe ouviram pretensões literárias nem qualquer outra explicação.



(também na minha casa de todo o ano)

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