terça-feira, 22 de julho de 2008

PALAVRAS SÃO MEDO POR VEZES

Não sei se quero ou possa querer!
Tenho medo de dizer…
Mas continuo eu, a ser eu no viver
Continuo a desaparecer no silêncio
Quero mas tenho medo
Quero ser e não anular-me!
Tudo o que sinto não devo dizer.

No absoluto do teu olhar fixar-me,
Fazer, construir um novo mundo
Viver contigo na paz da cumplicidade
Não te perdendo novamente!
Mas sendo na calma, a calma certamente
Fundindo o todo da totalidade.

Que verdade… faltam outras cores,
A beleza foi esculpida para a vida
Para todos os sabores…
Não interessa o universo!
Nem as definições, nem o absurdo
Nem este amor pela filosofia
Nem o que te disse ou ficou por dizer!
Calma… repousem as confusões…
Fica comigo na página europeia
Fica com o sentido deste sentido.

Seremos o deus em que creditamos!
No outro… apenas respeitamos… somos;
Os contornos do eu serão a verdade eterna!
As tuas palavras são um desafio…
Tenho medo, ainda não te disse,
Sim, tenho medo… jogar é para ganhar
Por norma perco sempre! Tenho medo
Não me condenes! Estou diferente,
Disse-te que apenas quero teclar, teclar
Teclar e tudo, esse tudo veiculado no ter
Ainda que não exclua a outra possibilidade,
Essa que desde sempre captou a verdade.

Vila Franca de Xira, 22 de Julho de 2008 – 07:46h
Jorge Ferro Rosa, in Caderno da Alma

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