Conheci um mimo cujo espectáculo era um autêntico mimo.
Garantiu-me que a chave para o sucesso na preparação dos seus números era a observação da sua criação de bichos de seda. “Tudo faz sentido a partir do momento que se aprende a acompanhar o desenvolvimento de uma minhoca até ser borboleta”, disse-me uma vez, “claro que há que ter consciência que o que importa mesmo é o casulo com a seda. Mas não se consegue a seda sem o bicho”.
(também na minha casa de todo o ano)
domingo, 20 de julho de 2008
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2 Comments:
O rigor semântico de cada palavra escolhida é fundamental para a transmissão correcta da mensagem. «Minhoca» é totalmente inadequado para falar de uma larva, já que nunca uma minhoca chegou a borboleta.
Correctíssimo, devia ter escrito "larva", em vez de "minhoca". Aliás, podia até ter feito uma descrição pomenorizada do ovo, dos diferentes estádios larvais, da crisálida, e da emocionante vida adulta do bicho-da-seda.
Fui uma apressada e limitei-me a transcrever a conversa do mimo (por isso está entre aspas), sendo que o mimo, tal como eu, lamentavelmente, não devia ter formação em biologia, nem grande preocupação pelo rigor semântico.
Desde já sublinho outro erro que lhe escapou: não escrevi "bicho-da-seda", escrevi "bichos de seda"... Calculo que tenha mais uma ou outra falha na pontuação, mas acredito (e agradeço) que me vão sendo corrigidas.
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