Ele sabia que, mais tarde ou mais cedo, encontraria uma mulher que o quisesse fazer sentir alegria no peito. Só não sabia que, quando a encontrasse, a quantidade de dor que ela lhe traria seria superior à de felicidade.
Ela costumava dizer que, em termos de relações amorosas, era a pessoa mais infeliz do mundo. O homem da sua vida enganara-a vezes sem conta. Os outros – aqueles com os quais ia fornicando sem sentimento – não existiam, eram lixo.
Ele pensava que o mundo era um bom sítio para se viver. Acreditava na beleza da natureza, na bondade dos animais.
A partir do momento em que deixou de ser amada pelo homem que a fizera deixar de acreditar no Céu, ela não mais separou indivíduos da multidão. Apenas continuou a ir para a cama com diferentes homens, porque se queria vingar de todas as traições que recebera em tempos de ingenuidade.
Mal a viu, ele achou-a perfeita. Pediu-a em casamento. O máximo que conseguiu foi uma noite com ela. Ele ainda tentou procurá-la novamente, no entanto, mal o conhecera, ela avisara-o: «Para mim, és pó.»
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Pó
Colocado aqui mui gentilmente por Paulo Rodrigues Ferreira à(s) 13:54
Etiquetas: exercícios
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1 Comment:
oi minha nova amiga. Gostei do texto e coitado, ia arranjar um puro pó mesmo, em sua vida.
Beijos e uma boa semana com muita paz e amor.
Te aguardo no meu cantinho.
Regina coeli.
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