quarta-feira, 2 de abril de 2008

EFLÚVIO DE UM NADA MAIOR

Uma dança de cores
Nos segredos do intemporal,
Na conduta de todos os vazios
Por hipóteses…
As descobertas que se encobrem…
Naquele amor vazio,
Impossível, quase irreal
Descrente, imortal!
Como tudo o que não é.

O porto da graça ficou sem aves!
As nuvens rasgaram o meu caderno
As fronteiras renovaram a floração…
Mil cubos de estados de alma
Tomaram o afago da criação morta.

Frutos secos na eterna embriaguez
No consolo de todos os salmos…
Nas metáforas do eterno,
Com o reboque do beijo vazio…
Aqui, depois ali e no esquecimento.

Retórica apenas… nada mais!
Mentes deformadas como aquela,
Como tudo o que continua a ser
Esta essência maligna…
No reino dos encarcerados.

Nos limiares da morte petrifico-me!
Sou hipérbole do Universo…
Recta das revoluções do beijo,
Nas dúvidas metálicas do intenso
Este eflúvio de um nada maior…
Pelas águas da saudade morta,
Tudo o que quero que já não desejo.

Aveiro, 02 de Abril de 2008 – 23:07h
Jorge Ferro Rosa, in Fronteiras

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