sábado, 22 de março de 2008

Interminável Rosa

Permite-me que te relembre, é bom ter vida e que quero voltar a ver-te com aquela rosa vermelha na mão. Sinal de paixão, amor pleno, nao por qualquer homem, apenas pela VIDA. Sim meu amor, pela VIDA, a mais curta das disciplinas à qual arranjamos sentidos novos todos os dias.

Estou aqui, mesmo sem o sorriso de circunstância, mesmo com algum químico que me torne mais afável, mas estou aqui, primeiro por mim e depois porque, amando-me, te posso fazer vibrar nessa rosa escondida que te habita. Mulher de inusitadas vontades, de abraçar o desconhecido sem sentido.

Tenho saudades da tua camisa rosa, das formas perfeitas de um sorriso guloso que depois vi esvair-se.

Acredito na felicidade, no Willie Wonka e nos sapateados mágicos do Fred Astaire e deixa que te diga que fazes melhor figura que a Ginger Rogers.

Ah e minha rosa por desabrochar, não me tragas assim para a Terra, temos tempo para os desgostos, as lágrimas e para as tentativas de ir para lá das estrelas olhar pelos vivos.

Não minha interminável rosa não te voltarás a sentir insegura, essa guerra acabou, a luta não tem que ser travada nas trevas. Quando assim tiver que ser e te sentires imóvel, dá-me todos sos teus males que, numa luta medonha de capa e espada, as faço dançar o vira para outra constelação. Para sempre, minha rosa, para sempre!


Manuel Marques

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