sábado, 22 de março de 2008

Flores brancas

Na perfeição da natureza
a busca pela cidade da alegria
cessa em tons de puro branco
iluminado, inebriados pelo amor
saído de uma guitarra, gitana
o corpo em pose de Deusa aninhada
em braços fortes de mel
abraços quentes de amante
boca saciada de beijos entumecidos
segues nua, com o olhar na frente
do destino de grandeza
que te está reservado
sem que o teu namorado te espante
o desejo em esperança de herói
que te chega sem que dês
peças ou aclares a visão de o querer
sem que a paixão te consuma
e apenas cedas pela pressão

Ofereço-te as flores brancas
pedaços de odor que desejo de ti
entranhar-me nas florestas virgens
desbravar toda a amargura
e torná-la branca como o amor
cujo epicentro vulcânico
aviltado coração incandescente
semeia vontades de te tomar
e por isso não terei medo
de voar em pose de rei
para te tomar
na raínha do meu coração
lá longe nas redondezas
da cidade da alegria
onde seremos felizes
mesmo no epicentro da flor branca
do desejo infinito de amor



...in o aroma do jasmim ao anoitecer...

Manuel Marques

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