Amphora
2
2
Às vezes, sentávamo-nos nas gotas de orvalho,
suspensas na relva
e revíamo-nos nos espelhos das nuvens dispersas,
vagueando em sonhos.
Adormecíamos, por vezes.
Acordávamos tão leves...
*
E quando a mágoa espreitava
sob um sorriso,
dizias somente:
a noite só vem
quando os olhos se fecham de cansaço.
Antes, é a sempre e repetida loucura
dos encontros sem fim, sem fundo,
no outro lado do mundo.
in "Amphora"
@joaquim alves
3 Comments:
No mesmo estilo do Amphora 1, muito belo, muito ternurento, muito poético.
Beijo com gotas de orvalho...
Lindíssimo!
A leveza dos versos, o amor tão tranquilo nos fazem também levitar.
beijos
Que os olhos se demorem então a fechar... :)
Muito, muito bonito!
Beijinho!
Post a Comment