quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

O blogue dos flâneurs

Este é, sem margem para qualquer dúvida, mesmo oriunda das bocarras mais cruéis e escancaradas com todos os dentes podres, um blogue de artistas
(não porque alguém os denominou artistas como costumeiramente acontece mas sim porque tiveram a coragem de se chamar artistas com a coragem moderna do defunto século vinte)
. Uma das diversas características que os artistas têm
(e ai de quem ousar dizer o contrário)
é a proficuidade do seu mundo interior contrastando com triste serenidade do seu exterior. E as suas produções, tão cheias de simbolismos não são para os demais comuns mortais compreender
(quanto mais para uma crítica assaz feroz cuja função fundamental é vilipendiar e insignificar a tortura interior)
. Forçosamente, este blogue é um blogue de artistas de flâneurs. Baudelaire sentir-se-ia orgulhoso com tanta poesia da solidão, com tanta alma torturada, com tanta poesia simbólica
(que as bonitas fotografias ajudam a compreender)
.
Diria Baudelaire: “O tonto do Dostoievski que tentou explorar o flâneur nas Noites Brancas e nem nome lhe deu. Vocês sim, são os meus verdadeiros herdeiros.” Isto diria Baudelaire e mais ainda.

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