Eu, que lhe entreguei tantas noites,
retomo a mudez da solidão,
os olhos de nada ver,
uma névoa, um recorte na fotografia
do que poderia ter sido.
Não sem dor,
abrem-se a manhã e a clara certeza:
os sonhos são noturnos exercícios de acreditar.
O dia é outra história,
a ilusão não se acomoda em sol.
Ainda assim, meu amor,
como eu queria
andar de mãos dadas ao meio dia.
Imagem: dagmar Zuppan
domingo, 27 de janeiro de 2008
AO SOL
Colocado aqui mui gentilmente por Saramar à(s) 17:32
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2 Comments:
Lindo, lindo! :)
Ai, este ritmo de pura magia.
Mãos dadas de tarde, à noite,
de madrugada...
Ao meio-dia.
Belíssimo, Saramar!
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