Amphora
1
Encontrámos aqui o vinho,
o gelo, o copo, o silêncio,
num lugar ermo
de terra feito
e madeira velha por tempo:
o ressuscitar dos nossos sentidos
e voz.
A escrita germinando
nos degraus húmidos
do resistir.
Não há inverno nem verão.
Ninguém fala.
Escuta-se o rumor do vento,
se o vento sopra,
o silêncio da casa,
da amphora.
E há vinho:
natureza fresca.
E há mel,
cuidadosamente recolhido
no ano anterior.
Encontrámos aqui o vinho,
o gelo, o copo, o corpo.
E fizemos amor.
*
in "Amphora"
@ joaquim alves
5 Comments:
Que belo poema de amor e ternura...
um texto lírico com muito sentimento. Um bom fim de semana.
Gostei do poema ,e da pintura!parabéns
bjs
Glória
ternura...
Lindo :) ***
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