quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Tic-Tac

Os ponteiros, de súbito esconderam-se atrás do tempo,
A multidão desvanece-se no silêncio das ruas.
Sem rosto, os corpos movem-se como loucos que procuram no caos
um sentido, um quadrante, uma fórmula que elimine a indeterminação das horas.

O tempo assiste, sereno.
O tempo sorri.
O tempo sem horas...
O tempo sem tempo.

Os ponteiros voltam
e num ápice, devolvem o tempo...ao tempo.
...
O tic-tac recomeça
A multidão respira, aliviada.
O tempo é tudo
O tempo é ... nada.



(Sara Rocha)

3 Comments:

Anónimo said...

então e se a cena começar a perseguir-te aqui, também tiras os comentários?
realmente, só nas entrevistas é que te dás ares, pá!
no livro, népia, zip, kaput, nem um pouco de poeta. nas atitudes pelos vistos também não. É que ser poeta não é só publicar livros (em edição de autor sob a chacela de uma editora), é agir como um poeta: "deixar lá a cabeça". O poeta é o contrário do déspota que "apaga comentários", ou queima livros numa fogueira, ou censura isto e aquilo.
Mas hás-de te safar, bébé, pois a malta lê mais as entrevistas do que os livros.

Anónimo said...

é só inveja:)

Anónimo said...

O tempo é o que nós fazemos dele. São os momentos que aproveitamos e os que deitamos fora.
O tempo é a nossa personalidade posta em prática.
Um beijinho