domingo, 23 de dezembro de 2007

Para ti

Penso deitar-me, mas não conseguiria dormir. A minha mente ecoa memórias agora distantes, que me sufocam o peito com saudade.
Olho o relógio e sei que dormes. Imagino-te deitado. Vejo-me ao teu lado, acariciando o teu corpo, beijando os teus lábios.
Puxo para dentro a vontade que tenho de te ter comigo, em mim.
Quero saber dar tempo ao tempo, mas ele apenas me aperta contra a realidade que agora evito: gostar de gostar de ti.
Espero que o pesadelo acabe depressa, mas ninguém me acorda a tempo de o fazer parar. E os minutos não páram...
Será que ainda me queres da mesma forma? Talvez me esqueças aos poucos, a cada dia que passa... Não sei e não quero saber, porque ainda guardo a esperança de te ter na minha boca e nos meus braços, puxando-me para ti.
A intensidade do teu olhar está presa na minha mente. Gosto de a reter por alguns minutos e sentir o teu cheiro percorrer o meu corpo.
Ah, que falta me fazes...
Desculpa a minha fraqueza, mas preciso de ti...

Fotografia de Ayshynek @ Cadeia da Relação / Instituto de Fotografia

"Since you've gone I've been lost without a trace
I dream at night I can only see your face
I look around but it's you I can't replace
I feel so cold and I long for your embrace
I keep crying baby, baby, please..."


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