terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Enquanto fazia cocó. (E assim)

Lembrei-me de ti, amor, enquanto fazia cocó. É que tu, amor, provocas esse efeito em mim – lembro-te mesmo nos sítios e ocasiões mais improváveis. E assim.

E não foi, amor, da inevitável comparação entre os asseados e geometricamente bem dispostos urinóis e tua perfeita dentição, quando sorris. Também não foi, amor, do som estridente dos canos velhos evocando a melodia do nosso iminente orgasmo, simultâneo e sublime. Muito menos, amor, da associação entre a água que escorria lentamente na sanita e teu corpo de mar, sempre sedento de mais mergulhos e mais lábios. E assim.

Não, nada disso, amor. Apenas do cheiro a merda.

E assim.

3 Comments:

perplexo said...

Holy shit!

Anónimo said...

Credo, que imagem pavorosa que criaste na minha mente :O

Heraclita said...
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