Na casa dele cabiam cabides para casacos dos outros, haviam luzes que economizavam solidão, sabia-se o tempo pelo movimento nas paredes. No dia que deixei de o conhecer pela boca larga de um jornalista, emagreci o desconhecimento que julgava ter dele e junto à portada, ainda junto à portada, sorrimos. Talvez pela diferença de idades comum mas diferente, talvez pela guitarra portuguesa a lembrar anos verdes, talvez pela cumplicidade da sombra de uma oliveira, naquele momento tanto dele como minha. Com o cheiro a café misturado no açucar da sua conversa, num alpendre interior à sua alma, exterior à casa, conheci uma multidão.
Quando mostrei a minha felicidade já regressava sozinho a outra casa, que também seria dele.
www.mentequebrilhas.blogspot.com
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
A casa dele
Colocado aqui mui gentilmente por Unknown à(s) 22:27
Subscribe to:
Enviar feedback (Atom)
4 Comments:
Gostei do estilo, repleto de voltas e reviravoltas. Vou tomar mais atenção adiante.
Abraço,
Pedro José.
Obrigado Pedro
Espero que continues por aqui a ler... e a escrever!
Abraço
gostei das nuances...tá com um brilho de trocadilhos e mais nao digo...
espero novos textos...
Obrigado Piedade ;)
Post a Comment