Há momentos,
em que me apetece ficar fechada numa caixa.
Escondida por entre os vidros de uma janela,
Protegida por entre paredes de betão.
Há momentos,
em que, viver é um arrepio de frio.
Nem sempre agradável,
nem sempre desconfortável.
Hoje sei que sinto frio....
se é o pressentimento de uma alegria
ou o sentir de uma desilusão,
não o sei.
Somente sei, que é viver,
Sei que é frio... é o arrepio...
de viver!
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Arrepio
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6 Comments:
E de um arrepio, saíu um belo poema...
Piedade, Obrigada. Vindo de si, que tem partilhado com todos nós, documentos tão belos, é realmente um comentário que guardarei com especial carinho.
Obrigada
Um beijo
T
Sem presunção minha deixo-te dois versos de um poema meu entretanto publicado no meu livro:
Nunca nada há-de provocar a abdicação da alma, mesmo desencorajada,
o corpo nunca se há-de sobrepor à superior condição do espírito... / e digo-te é lindo e sabe bem o arrepio de viver, de tão curto e mal aproveitado que é o nosso momento na Terra... para eterna basta a alma e mesmo assim dizem que não o é. Aproveitemos a finitude do corpo que se esvaí em rugas de sabedoria ou espasmos de prazer, sem que aproveitemos para fazer algo mais que ter medo sobretudo de VIVER! Apesar de 'nem sempre agradável', apesar de 'nem sempre desconfortável' amo a vida admiro quem me proporciona momentos como este belíssimo poema!!! Parabéns!
Manuel, conseguiste pôr-me a chorar.
Aquele chorar bom, sabes como é? Aquelas lágrimas que nos confortam e dão forças para levantar a cabeça sorrindo?
Obrigada!
Ainda que exagerado, o teu elogio deu-me forças, lágrimas e um sorriso. Obrigada
Tita,
Já te fiz o meu comentário a estas tuas palavras no teu próprio blogue, mas deixa-me acrescentar que gosto da sintonia entre as palavras e a fotografia.
Bjs.
Mas é um arrepio que sabe bem e faz ainda melhor...
Um beijinho
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