sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Além Tejo



São amarelas as flores da infância. Não da minha, que me desconheço nestas linhas, mas desse alguém que nasce na palavra; esse alguém que não sou eu, sendo-o, talvez, mas ignorando-o ou recusando sê-lo.


A estrada branca percorre os montes, tapetes amarelos de flores, dessas bravias e minúsculas flores da infância de alguém, alongam-se paisagem fora até aos muros azulados da distância da serra.


Estou só.
(e não sei quem está só: se eu que o escrevo, ou eu que nasço na palavra que escrevi)Olho à volta e é tudo em tudo igual a esse tempo de memória, mas … onde está quem sou?

2 Comments:

Anónimo said...

Estarás nas silhuetas das palavras?

Beijos,

Pedro José :)

Anónimo said...

Tu és e estás em tudo o que fazes, participas e vives.
És um pedaço teu e pertences a ti mesma.
A infância, essa já lá vai, apesar de tua também.
Concluindo, és tudo o que em ti projectas :)