segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

DAQUILO PARA O QUAL

Senti vontade de escrever, como na maioria das vezes acontece, mas algo parece que falta! Falta-me sempre alguma coisa entre os princípios substanciais, as formas da existência por dimensões que ficam por sintetizar.
As evidências são sempre objecto de reflexão, a expressão dinâmica gera um movimento especial onde o indizível se executa. Desfazem-se posturas, criam-se outras e a obscuridade da existência é uma postura.
Momento sintético que vislumbra outra condição, esta medida densa do pulsar existencial onde tomo de ti uma hipótese! Projecto-me numa tensão rumo ao infinito, uma busca incessante, apesar de ter encontrado aquilo que me parece razoável, pelas mais diversas vertentes, comungando assim do sentimento universal. Resta apenas este lugar onde tudo incide apesar das formas estranhas de abordagem, dos modos como a consciência concebe o que se lança… começo aqui a interioridade do irreflectido, em viagem ao absoluto daquilo para o qual não tens palavras.

Castro Marim, 26 de Janeiro de 2009 – 14:03h
Jorge Ferro Rosa, in Caderno da Alma

1 Comment:

rmf said...

...em viagem ao absoluto daquilo para o qual "não tenho" palavras...

começaria por aí, não fosse essa a a razão da "nossa busca", esse estado de conciência. Livre de si-próprio.

Um abraço!