segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O que me resta


O que me resta
quando não puder acrescentar
mais uma palavra ao teu livro

O que me resta
quando não conseguir mover o lápis
para rabiscar

quando o Inverno estiver frio,a partir-me
os ossos de solidão.


O que me resta
quando a luz se afundar na alma
silenciada


O que me resta
não sei...
pergunto...
fico à espera da resposta...

e morro todos os dias mais um pouco.

(Fotografia e poema: Liliana Jasmim)

5 Comments:

Anónimo said...

E morremos todos os dias na certeza de ficarmos com cada vez menos dias para morrer...
Intenso poema.
Li e reli.

Liliana Jasmim said...

Obrigado pelas palavras. É de facto bom, quando um poema que se escreve consegue tocar alguém...um especial obrigado pela (re)leitura.

Beijinho

Klatuu o embuçado said...

LOL

Liliana Jasmim said...

Lol

Carla Veríssimo said...

Liliana, Gostei, Gosto muito destas palavras!
... Mesmo que não goste da ideia delas....... nem da morte.........
Adiante: Parabéns!