Alexandre Zlotnik
É na espera que a estrada se cria,
entre musgos e fungos e pedras,
cratera na terra é fogo que esfria.
O tempo é o tear onde se fia o dia,
meu vestido é linho de horas novas,
a linha na agulha amarra a história.
Se eu esperar e a estrada escurecer,
pego um fio fósoforo na aura do anjo
e dou vestimenta ao passo, na luz.
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