quinta-feira, 7 de agosto de 2008

LANTERNA


Alexandre Zlotnik


É na espera que a estrada se cria,

entre musgos e fungos e pedras,

cratera na terra é fogo que esfria.


O tempo é o tear onde se fia o dia,

meu vestido é linho de horas novas,

a linha na agulha amarra a história.


Se eu esperar e a estrada escurecer,

pego um fio fósoforo na aura do anjo

e dou vestimenta ao passo, na luz.

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