Chama nas minhas veias
Na fogueira do meu sentir
Vulcão de rosas, este fogo!
Vinculo de carícias doces…
Telas onde renasço, o fulgor
Que o poema solicita ao silêncio,
Gavetas transmutadas,
Ausência do rio
Das margens da madrugada.
Fatias de aurora na cidade,
Emoções de água fria…
Perfumes difundidos,
Palavras da existência
Entregas da emoção solfejada
Trilho que me converte
Lançando-me no mar cativo
Na espuma dos beijos.
Doce reencontro com o vento!
Talvez com a rocha, os penedos
As esculturas da natureza…
Enlevos sedosos, totais,
Foco dos olhares cúmplices
Nesta vaga escaldante…
Salgando os delírios, o amor
O sexo das memórias inacabadas.
A maré ainda sopra beijos,
Na cor desliza o meu corpo!
Este labirinto guarda as entradas
Os silvos que desembocam ali…
Na tua pele que rebenta de virgindade,
Bússola de danças semeadas
Êxtase bordado de lírios de mel
Inventando sabores!
Tons violáceos do tempo carente.
O silêncio traça a proibição do sonho,
Escondimento da ilusão, nas conchas…
Na espuma suspensa, suprimida
Nos zumbidos do canto maior!
Confesso… sou ave que flui…
Tempo difuso na alameda do beijo.
Vila Franca de Xira, 27 de Julho de 2008 – 17:21h
Jorge Ferro Rosa, in Caderno da Alma
segunda-feira, 28 de julho de 2008
NOS ENLEVOS DA MEMÓRIA
Colocado aqui mui gentilmente por jorgeferrorosa à(s) 01:12
Etiquetas: Jorge Ferro Rosa, poesia
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