Palavras lindas e profundas com cheiro de rosas
Traduzem as verdades que dizes ser mentira…
São a realidade que não te assiste, enfim
Embelezam as minhas simples prosas
São gotas de matinal sensação… que conspira
Purezas do meu eloquente e total jardim.
Palavras diferentes das tuas, certamente
Não são ruídos da rua, talvez seja confusão
Como sempre por raiva esse rebaixar
Essa forma discreta de armar confusão
Porque é do tempo amargo a podridão
Por aquilo que não tem importância…
A um pretexto para tema do coração.
O teu querer não pode ser assim…
Não são os amigos objecto de usar!
Cantas a dor de não conseguir enfim
Fazer de mim, a força do verbo amar.
Sou tudo isso que de mim falas…
Apenas na tua cabeça o posso ser!
São as palavras as tuas bengalas…
A explosão secreta desse doido entender.
Minhas palavras não são para toda a gente!
São palavras que trago no meu peito…
São doces, amargas, certamente diferente
Talhadas à medida do impacto e do feito,
Qual sinfonia do entardecer ao sol poente
Na palavra do ritual que assume, certamente.
O teu querer é outra situação mais assim,
Deixa de inventar agonia onde não existe…
Não estragues com o lixo o belo jardim
Deixa-te de loucuras, não digas o que não viste.
As minhas palavras são as minhas orações…
São as que modelam todo o meu ser!
A minha loucura, sanidade de tudo e nada,
Falsidade ou verdade, este misto pela compreensão!
De insulto vestem quando tomam de razão…
Tal como o teu malabarismo controlador,
Que tenta matar aquilo que está sem solução.
Não caminho no caminho do fingimento,
Tenho mais que fazer, também não sou de ficar
A dizer sempre o mesmo para agradar…
Vou embora, sou livre como o vento.
Nestes véus de poesia lançada ao mar…
Quem navega poderá aqui encontrar,
Tufões ou tempestade, talvez nevoeiro!
Deixa as palavras, são as minhas palavras a cantar
O meu amor que ao céu subiu, não traiçoeiro
Porque da traição fui do início o primeiro.
Vila Franca de Xira, 26 de Julho de 2008 – 21:17h
Jorge Ferro Rosa, in Caderno da Alma
sábado, 26 de julho de 2008
NO RITUAL DA PALAVRA AUSENTE
Colocado aqui mui gentilmente por jorgeferrorosa à(s) 21:37
Etiquetas: Jorge Ferro Rosa, poesia
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