segunda-feira, 5 de maio de 2008

Fred respirou fundo, enfastiado com a humidade e os insectos que zuniam à sua volta. Não conseguia compreender como havia quem apreciasse as zonas tropicais e todos os seus inconvenientes, nem sequer para passar férias. Aliás, se não fosse o seu brio profissional e vontade de cumprir todos os contratos com que se comprometia, nunca daria por si à beira desta piscina, cheio de repelente de insectos e protector solar. Por sorte, quando chegou o seu alvo, não estava ninguém a prestar atenção. Pôde usar a arma com silenciador que tinha escondida no Washington Post com a máxima discrição e sair rapidamente, sem deixar mais pistas.
Gabava-se de não ter motivos pessoais na base dos seus assassinatos, mas este homem que o tinha obrigado a passar dois dias inteiros à beira de uma piscina, estava mesmo a pedir a bala com que foi brindado.

(também na minha casa de todo o ano)

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