quinta-feira, 3 de abril de 2008

Morada de silêncio


as certezas trazem-me pendurada no fio das realidades quotidianas. caminho pelos dias como quem nada espera. sentada nesta mesa pintei um mundo que fica para lá do horizonte. mas a noite devolve-me a monotonia, os medos e uma casa que guarda demasiados rancores. fujo. conheço as palavras que fazem uma existência feliz. escrevo-as. penso como gostaria de dizê-las. mas é no silêncio que moro. é para lá que volto sempre.
[Foto: Robert Gojevic]
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