quarta-feira, 12 de março de 2008

Manel, apaixonado, escrevia longas cartas anónimas a Maria a garantir-lhe o seu amor eterno, mantendo sempre a esperança no dia em que ela acederia ao convite para encontro na Brasileira. Por isso, todos os sábados ele esperava das 18 às 19, com uma rosa vermelha pousada na mesa, enquanto comia um croissant de chocolate, tal como descrito no último parágrafo de todas as cartas.
Maria, rapariga que não usava óculos por vaidade, nem lentes de contacto por parvoíce, aproveitava o papel para forrar a gaiola do canário, e acabou por namorar com o carteiro.

(também na minha morada de todo o ano)

1 Comment:

Saramar said...

Quão triste é o desencontro!
Ele a viver do sonho; ela, cega para qualquer sonho...
É triste.

Gostei muito!

beijos