Instrumentos a postos, corpo e alma a envolverem-se como um cocktail. Os olhos procuram as notas musicais perdidas no penteado do dragão de mil cabeças. Luzes, acção. Deixam de haver indivíduos, deixa de haver privacidade, deixa de haver amanhã, deixa de haver vocabulário, deixa de haver hesitação, deixa de haver uma ou outra lei. Um ciclone de som mistura tudo. Acelera, abranda, mantém o ritmo preso a cada coração. A luz assiste e diz que sim a tudo. Acena que sim tantas vezes que deixa de ter personalidade e mal se dá por ela. Três, dois, um. A hora não estava marcada mas o regresso sim. As portas dão lugar a braços. Braços imensos que empurram mas sorriem, cumplices.
Num outro momento tudo será lembrado, ainda que a repetição só seja possivel no sangue que cada um gravou.
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sábado, 16 de fevereiro de 2008
À solta
Colocado aqui mui gentilmente por Unknown à(s) 20:11
Etiquetas: micronarrativa, Miguel Alves, palavras
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