terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Não escolho nada deixo-me vestir



Não escolho nada deixo-me vestir
Pela música discreta que tacteia
Meu corpo em sua breve caminhada.
.
Não desejo nada consinto apenas
Que a dor me visite e a jovem ceifeira,
Mãe das coisas todas, me seduza.
.
Não escolho nada nem sequer o vaso
Onde me derramo devagar
Como se fosse água, ou leve lume.


Autor:Casimiro de Brito
In :Na Via Do Mestre
Foto :Paulo Madeira www.paulomadeira.net/

1 Comment:

Saramar said...

A leveza dos versos, mesmo em vista da incontornável sina é lição, encanto e traduz a a esperança de ir sendo terno, sempre.

Gostei muito do poema.

beijos