quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Movin´ on


Gargalhada interior. Hiperventilação arterial.

O riso que nos devolve a infância em que percorremos caminhos de terra e bosque onde cada montículo deste belo paraíso terrenal nossa terra nos impulse para a aventura.


Sou Alexandre o grande... O domador do leão persa... Sou Robín dos pobres e mato o terrível duque de Nothingam, o maldito fascista de merda.

Não... Nada disso... Sou Merlín, o grande Merlín e fundo-me nas arvores e o seu manto verde de esperança. Verde de vida. Vivo em magia, respiro em liberdade.


Acordo.


Acordamos sempre nos momentos de gloria...

É o efémero cintilar do tempo, onde um pestanejar nos remete para a realidade que já não somos crianças. É a cruel noção do relógio que tiquetaqueia continuamente. Nisso não posso. Nisso não podes fazer nada!

NÃO.

Não entres em pânico, a vida são dois dias e amanhã será bonito... Ou será alegre... O fim não é um final... É apenas um novo começo... Não te falhes... Não te inibes. Simplesmente vive. Deixa viver.


Tic... Tac. Tic...Tac. Tic ... Tac.

Time keeps movin´ on.


Amanhece como se o sol ainda não tivesse conhecido Luna. Como se ainda não tivesses encontrado a almofada que repousa sobre o teu leito de sono. Nada que te realize é supérfluo! Volta a ser criança, nem que atrai o desdém dos usurpadores de consciência. Quem te quer te acompanhará na aventura dos sentidos. Não tenhas medo.

Não tenho medo! O movimento é forward with a right step backward.


Tic. Tac.


Caminho para a verdadeira essência das águas em movimento. Desaguarei no oceano as minhas magoas. Renascerei de novo e voltarei a tiquetaquear incessantemente até que a pilha se caduca... Até que a energia não se renova. É o cruel destino do tempo.

Tempo que não devemos deixar escapar!

Volta aos teus sonhos de criança.


Agarra o tempo perdido.

Faz mil e uma revoluções. Renova o mundo. Promove a utopia. Cresce como uma semente em terra de cultivo de bosque. Volta atrás quando necessário e volta. Continua andando. Continua amando.


As rotações do próprio ser são assim de rítmicas.

Sou Napoleão e já não quero continuar a guerra. Sou Truman e já não dou a ordem de lançar a bomba H. Sou Jesus e volto para mostrar o verdadeiro sentido das palavras que outros mal apropriaram.


Acordo.


Volto do sonho. Este preciso Tic... Tac... É meu. Volto ao meu tempo... Volto ao meu momento. Basta de ilusões. Tenho que controlar-me! Tenho que enfrentar-me!


Tic. Tac. Tic. Tac.

O tempo caminha. O tempo avança. O tempo muda.

Tic. Tac.


( silencio)


O tempo tiquetaqueia! Não quero perdê-lo!




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