O Violino de Garden
@ joaquim alves, monotipia de 2007
Era de infinito que eu estava a falar
afinal o infinito é tão simples como
as preocupações diárias e o pão de azeite
para quem ama a serra de azeitão
mais conhecida por arrábida
é tudo relativo na teoria de eistein
curiosamente também no dia a dia da gente vulgar
é claro que tudo o que está em cima
é semelhante ao que está em baixo
e versa-vice de algum modo se aproxima
mas prefiro o som do violino
que juntamente com o do piano
alegram a vida e a alma
é só experimentar juntá-los
noites após noites e em local adequado
para sonatas e melodias de encantar
como as de alguns criadores sem nome
já que estamos no século do futuro
e o futuro nunca teve nome
vem aí devagarinho
só os homens têm pressa
o futuro nunca é mensurável nunca
mesmo com a agitação dos dias
a inflação e o caderno de contas nacionais
o futuro é o presente melhor
à partida
à chegada revela-se o mesmo de sempre
a corda na garganta
as contas sempre difíceis de manter em dia
e aquela chatice do tempo
ou melhor dizendo da sua falta
é isto a vida dos homens
deixo para uma mulher falar das mulheres
sempre insatisfação
e o infinito a espreitar sobre a nossa cabeça
na voz excepcional de Luís Gaspar, o homem da Truca e do Estúdio Raposa.
Visitem esses lugares e deliciem-se!
2 Comments:
poema enormeeeeeeeeeee:)
vou ouvir o podcast:)
Os poemas é que comandam a mão.
Por vezes, basta isto:
Morrer devia ser assim:
Lavar a cara com areia fina
e mergulhar no mar adormecido.
(Pode ser ouvido em porosidadeeterea).
Ou:
Não havia memória.
Havia chão.
in "Amphora"
(pucaradojaquim.blogspot.com)
Enfim, a forma e os conteúdos
são decididos caso a caso.
Sempre diferentes...
Abr. do Joaquim Alves
Post a Comment