estou nesta janela do lado.
de lado.
para numa primeira vez que não a minha, vir onde não é habitual, onde não devia ser, dizer:
sinto aquele frio na barriga. aquela barriga nas costas. bem lá atrás. do outro lado.
de lado.
revejo dentro dos meus olhos, bem lá atrás, os teus olhos. relembro o teu sorriso infinito para dentro da minha janela. dos meus cabelos. . .
a tua pele macia.
na minha cara.
estou nesta janela do lado. porque não posso estar onde podia ser habitual. porque não posso sentir, dizer,...
tento proibir-me de sentir, mas não é fácil.
os teus lábios irrompem o meu pensamento.
mil pensamentos.
a proibição.
esta minha janela de vidros transparentes.
não posso esconder-te isto...
os meus caracóis.
não posso as tuas mãos, o teu corpo, os teus abraços.
um beijo de lado.
não podes, tudo isto para mim.
. . .
sinto este frio na barriga.
domingo, 20 de janeiro de 2008
Colocado aqui mui gentilmente por Carla Veríssimo à(s) 11:05
Etiquetas: Carla Veríssimo
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