sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Tao pouca é a vida

Tão pouca é a vida,o deslumbrado delírio da vida.No tear se tecem os fios, o desenho das rendas,a renda dos dias.Ignoro quantos,quantas tardes no fluir da paixão, quanto ouro e azul na idade das mãos,que idade no tear das mães.Foram belas também no sonho antigo,passearam entre os lírios,desatavam a cabeleira e os vestidos,iam à beira mar.


José Agostinho Baptista

Morrer no Sul

Assírio & Alvim, 1981

(Foto:Autor desconhecido)

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