Era a manhã de Natal
E fui acordar meu filho adorado
Para abrirmos as prendinhas
E ver o presépio encantado
Mas quando cheguei ao pé dele
Para grande surpresa minha
Ia tendo um colapso
Quando lhe abri a caminha
Mal fui para o abraçar
Senti uma ranhoca mole
Tinha havido um feitiço
Meu filho era um caracol!
Olhei para ele e perguntei:
- Mas que te aconteceu, afinal?
E ele respondeu, muito choroso:
- Estava grosso, o Pai Natal!
- Fez-me isto sempre a rir
Com um bafo a whisky rasca
Deu-me, de presente, um arroto
E voltou com as renas p’rá tasca!
Então corri logo para o telefone
E chamei um médico que o tratasse
Que ao vir tão rapidamente
Até deu mau nome à classe
Mas quando chegámos ao quarto
Disse meu marido, no fim da imperial:
- Vê se temperas melhor os caracóis
Que este não estava nada de especial!
A moral desta história é
Que um pai não deve comer o filho
Pelo menos até ser bem temperado
Com sal, pimenta e tomilho
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Dor de Mãe - Poema de Natal
Colocado aqui mui gentilmente por cuotidiano à(s) 16:22
Etiquetas: parvoices, Rui Silva Santos
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2 Comments:
LOL
Que ideia macabra eheh
Beijinho e FELIZ NATAL
lol engraçado e soturno :/
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