segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Dor de Mãe - Poema de Natal

Era a manhã de Natal
E fui acordar meu filho adorado
Para abrirmos as prendinhas
E ver o presépio encantado

Mas quando cheguei ao pé dele
Para grande surpresa minha
Ia tendo um colapso
Quando lhe abri a caminha

Mal fui para o abraçar
Senti uma ranhoca mole
Tinha havido um feitiço
Meu filho era um caracol!

Olhei para ele e perguntei:
- Mas que te aconteceu, afinal?
E ele respondeu, muito choroso:
- Estava grosso, o Pai Natal!

- Fez-me isto sempre a rir
Com um bafo a whisky rasca
Deu-me, de presente, um arroto
E voltou com as renas p’rá tasca!

Então corri logo para o telefone
E chamei um médico que o tratasse
Que ao vir tão rapidamente
Até deu mau nome à classe

Mas quando chegámos ao quarto
Disse meu marido, no fim da imperial:
- Vê se temperas melhor os caracóis
Que este não estava nada de especial!

A moral desta história é
Que um pai não deve comer o filho
Pelo menos até ser bem temperado
Com sal, pimenta e tomilho

2 Comments:

Anónimo said...

LOL
Que ideia macabra eheh
Beijinho e FELIZ NATAL

Heraclita said...

lol engraçado e soturno :/