Túndrico o luar
A assombrar
O arrepiado eco cristalizado
De cicatrizes
Em todas as madrugadas provisórias.
Adivinha-se um vento
Perseverante
A fragilizar
Arestas degeneradas,
Abraçadas
Ao ranger ruivo
Do rio recuado.
Não é entoada
A presença humana.
Apenas o olvido
Germina
Da embarcação abaulada
Que naufragou.
A serra é o vestígio
De um naufrágio.
Carla Milhazes Gomes
(Todos os direitos reservados)
domingo, 11 de novembro de 2007
Vestígio
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1 Comment:
Que ele te traga de novo a terra para mais nos poderes contar.
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