Enobrece o entardecer o amor
por ti, amor, tão meu e antigo.
E amo este versos meus de dor,
sem haver o amor que aqui digo.
como se tivesse havido em tempo,
inesperado, anterior ao existir,
mas foi amor que nem lamento
deixou. Nem lilás foi ao partir.
Acompanho à cítara este canto
triste, sem tristeza que lá more,
não morando senão o pranto
habitando-o sem que se demore.
Entrelaço, assim, na margem do vento
As palavras deste amor inventado
Tão cansado peito de sofrimento
Inexistente amor tão magoado.
domingo, 11 de novembro de 2007
Fado do amor inventado
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3 Comments:
Muito bnito o poema. Na margem do tempo temos que colocar as nossas ambições e os nossos sonhos.
Lindíssimo fado, amei!
O que dói às vezes é o vazio do que não existe.
E é tão maior e abrangente que nos corrói.
O amor...esse não me atrevo a comentar.
Um beijinho
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