quarta-feira, 21 de novembro de 2007



(Chove...)
O dia nasce de um tímido rasgão claro
num céu triste.

Alguns animais estão escondidos com medo,
outros saem das suas casas e vão amanhecer
Nas rochas altas.

(Luz...)
Raios fortes do arrojado sol que deseja
aparecer
por entre as nuvens claríssimas.
Os coelhos saltam pelos verdejantes caminhos,
Procurando alimento.

Lindos...
Montes pintados de verde pela tinta fresca
das árvores.
Flores humedecidas pelo orvalho, que cai...
Lentamente cai sobre a terra bruta que fica
serena.

As flores, tímidas, fortemente iluminadas pela
réstia de luz
dançam ao sabor do vento...

O orvalho desaparece.

Sons...
Dos pássaros que voam.
Que param e bebem em poços de água...
limpam as penas coloridas que pintam o céu.
Entoam melodias suaves e alegres!

Estradas desenhadas pela chuva, pintadas
pelo vento.
Infinitas na sua beleza e calma...

(Sol...)
Ele, na sua imensidão, abraçou os montes e
vales...
Acariciou os bichos...
Aqueceu as pedras...
Lançou um brilho na água cristalina dos
riachos...
Alegrou o dia que estava triste...

Há vida: os animais correm, voam,
descansam...
As árvores e as plantas agitam-se
alegremente.

Fecha-se os olhos...
Inspira-se fundo...
Abre-se os olhos...
Expira-se...
Sente-se: liberdade autêntica!

Com a magia do sol encontrou-se um:

Lugar puro e fascinante...
A verdadeira Natureza viva.


Heraclita

2 Comments:

Anónimo said...

Este tempo, o Tempo, faz-se e desfaz-se na poesia ou esta faz-se e desfaz-se naquele...tocou-me o ambiente do poema...
Morfeu

Heraclita said...

Morfeu, obrigada pelo comentário ;) já agora de que forma "o ambiente do poema" te tocou?